Rodoviários do Leste Fluminense aprovam pauta de reivindicações com reajuste salarial de 13%
Em assembleias realizadas nesta semana, os rodoviários do Leste Fluminense aprovaram a nova pauta de reivindicações da categoria. O destaque é o reajuste salarial de 8%, somado à reposição de 5% referente às perdas inflacionárias dos últimos 12 meses, totalizando um aumento de 13%. A proposta será encaminhada ao sindicato patronal (Setrerj) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) nos próximos dias, com previsão de vigência entre 1º de novembro de 2024 e a mesma data em 2025, caso aprovada.
Demandas dos rodoviários
Entre as demandas, os trabalhadores também pedem:
Cesta básica no valor de R$ 600,00, com desconto de 10% na folha de pagamento
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Fim do pagamento de passagens em dinheiro nos ônibus
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Comissão de 1% para motoristas sobre cada passagem paga durante suas viagens
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Manutenção dos benefícios adquiridos no Acordo Coletivo anterior
A proposta foi aprovada com ampla maioria nas assembleias realizadas em Itaboraí, São Gonçalo e Niterói, com 576 votos a favor e apenas 47 contrários. As decisões valem também para os municípios de Maricá e Tanguá.
Expectativa de sensibilidade por parte dos empresários
O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), Rubens dos Santo Oliveira, demonstrou otimismo ao final da assembleia em Niterói, realizada na última quarta-feira (02/10). “Acredito que a categoria tenha optado por uma proposta realista, diante da recuperação econômica do Brasil e do setor de transportes, que já está praticamente recuperado, com várias empresas contratando rodoviários. Esperamos que os empresários tenham sensibilidade, especialmente considerando as perdas acumuladas pelos rodoviários desde a pandemia da covid-19”, afirmou.
Luta pela inserção de cláusulas nos contratos de concessão
O Sintronac também se compromete a continuar trabalhando junto às prefeituras da sua área de atuação para incluir, nos contratos de concessão firmados com as empresas de transporte, cláusulas que garantam o retorno dos cobradores e a reposição das perdas salariais, utilizando a inflação como base para o início das negociações em cada dissídio coletivo.
“A partir da reposição da inflação acumulada nos 12 meses anteriores à Data-Base, que é 1º de novembro, negociaremos um percentual de aumento real com as empresas”, concluiu Rubens.